O IEA é vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado e, mensalmente, elabora este documento
Apesar de no mês de maio ter havido uma leve modificação nas cotações, junho voltou-se para o mesmo padrão que vinha sendo observado há muito tempo. O mês passado fechou com as cotações absolutamente estabilizadas em relação a maio, mesmo em face da troca de comando do governo federal e suas repercussões na economia.
As perdas de valor real dos produtos madeireiros aparentemente deram uma refreada, mas, mesmo assim, a atividade continua gravosa nas regiões de custo maior, menor produtividade ou demanda insuficiente. O setor de celulose permaneceu como carro chefe setorial, mas, os ganhos advindos com a desvalorização cambial já mostraram seus limites, mesmo com alguma recuperação das cotações internacionais, notadamente nas vendas para a China.
O subsetor de madeira tratada continuou com desempenho firme, na tendência de que em regiões onde a cultura da cana foi reduzida, a entrega de terras para a pecuária continuou pressionando a demanda por material para cercas. As cotações dos produtos florestais para energia mantiveram-se nesse mês de junho dando a entender que a o pior da crise no setor ceramista, que depende da indústria da construção civil, está saindo do seu momento mais baixo em muitos anos.
Para processo, as cotações também se mantiveram estáveis seguindo uma rota lenta e contínua dos níveis observados desde janeiro. Os mercados de madeira tratada e para serraria também se mostraram estabilizados, o que, no entender dos agentes do mercado, é um reflexo das mudanças políticas no Brasil.
Cotações de eucalipto em nível do produtor no Estado de São Paulo em junho
Produto R$/m3
Energia 41,73
Processo 41,10
Tratamento 61,75
Serraria 119,29
Fonte: Mercados florestais, IEA, 2016.
Por Eduardo Pires Castanho Filho, Adriana Damiani Correia Campos, José Alberto Ângelo e Silene Maria de Freitas
