Projeto estabelece assistência psicológica nas escolas

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Agência Senado

A oferta de assistência psicológica para alunos e professores em todo o ciclo da educação básica pode se tornar obrigatória com a aprovação de um projeto que está em análise no Senado. A sugestão foi apresentada por participantes do Projeto Jovem Senador, em 2013, e tramita com um projeto de lei da Câmara com o mesmo objetivo (PLC 76/2011). A educação básica engloba a educação infantil, o ensino fundamental de nove anos e o ensino médio

Na justificativa, os jovens senadores Jaqueline Moro, Dieleem Campos, Wenia Oliveira, Rodrigo Sá e Edson Dionisio defendem que a parceria com a psicologia vai provocar uma melhoria estrutural no desempenho dos estudantes, mencionando que a nova política pública deve contemplar “um atendimento direto aos alunos”.

“Poderia fazer ainda muita diferença no enfrentamento a causas de grande sofrimento para nossa juventude, como violência e gravidez precoce ou até mesmo o vício em entorpecentes e álcool”, anotaram.

O projeto apresentado originalmente pela deputada Raquel Teixeira (PSDB-GO) já foi aprovado pela Câmara e, no Senado, foi unido ao PLS 557/2013, dos jovens senadores. Após passar na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), a proposta encontra-se na Comissão de Educação (CE), com a relatora, Marta Suplicy (PMDB-SP).

No Portal e-Cidadania, o projeto conta, até o momento, com 20.664 manifestações favoráveis, contra apenas 77 contrárias.

Mediação

O diretor da União dos Estudantes Secundaristas do Distrito Federal (UES-DF), Marcelo Acácio, defende que a atuação efetiva de psicólogos teria efeitos positivos.

— Acho que eles devem atuar em parceria com os orientadores educacionais, que hoje estão sobrecarregados, na prática exercendo uma dupla função.

Acácio também acredita que os psicólogos poderiam auxiliar bastante na mediação de problemas surgidos na relação aluno-professor. Para ele, a presença também de psiquiatras não pode ser descartada, pois conhece colegas que sofrem de depressão e que só conseguem acompanhar o conteúdo acadêmico à base de tratamento medicamentoso.

O estudante também acredita que os psicólogos cumpririam um papel essencial no enfrentamento ao bullying e à dependência química.

— O acesso a álcool e cigarros é muito fácil e, na minha opinião, as campanhas antidrogas veiculadas pela mídia possuem um efeito contrário, na prática aguçam a curiosidade — adverte.

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