Atual gestão não é alvo de operação da PF, diz prefeitura de Paranhos, MS

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Do G1 MS

A prefeitura de Paranhos, a 456 km de Campo Grande, divulgou nota informando que a atual administração municipal não é alvo da operação Toque de Midas, desencadeada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (4). Servidores e empeesas são suspeitos de desvio de recursos públicos e o prejuízo estimado chega a R$ 1 milhão, segundo a Polícia Federal.

Segundo a nota divulgada, a “operação tem origem na administração anterior e foram recolhidos processos licitatórios dos anos de 2015 e 2016”, portanto, “não existe qualquer vinculação com a gestão atual”.

Ainda segundo o comunicado, o prefeito Dirceu Bettoni (PSDB) “não foi mencionado ou teve qualquer participação nesta operação e está a disposição para colaborar com a Justiça visando esclarecer os fatos”.

São cumpridos 8 mandados de busca e apreensão, um mandado de condução coercitiva e a apreensão de R$ 400 mil nas contas bancárias de três empresas.

Os mandados foram expedidos pelas Justiças Federal e Estadual de Mato Grosso do Sul. A operação Toque de Midas conta com a participação da Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Controladoria Geral da União (CGU) e Grupo Especial de Combate a Corrupção do Ministério Público Estadual (MP-MS).

As investigações apontam montagem e manipulação de documentos públicos e a prática de sobrepreço, com severos prejuízos ao erário e afronta aos princípios da administração pública.

De acordo com a CGU, os trabalhos tiveram início a partir de fiscalizações, no 3º Ciclo do Programa de Fiscalização em Entes Federativos. Houve montagem e manipulação de documentação em certames públicos e a prática de sobrepreço no município.

Segundo a PF, para a prática criminosa, foram utilizadas certidões e assinaturas falsas com a manipulação de informações em procedimentos licitatórios para aquisições de recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e contrapartida municipal. O prejuízo estimado é de R$ 1 milhão.

A operação foi batizada de Toque de Midas, em referência a um mito grego que afirma que o enriquecimento fácil pode se voltar contra o beneficiado como castigo por sua ganância.

A operação Toque de Midas conta com a participação da Polícia Federal (PF), Ministério Público Federal (MPF), Controladoria Geral da União (CGU) e Grupo Especial de Combate a Corrupção do Ministério Público Estadual (MP-MS).

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