Movimento Sindicatos Unificados de Três Lagoas protestam contra a Reforma da Previdência

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Eduardo de Paula

Nesta sexta-feira, 31, o Movimento Sindicatos Unificados se reuniram no período da manhã para se manifestar contra a Reforma da Previdência. No total, 14 sindicatos aderiram ao protesto e bloquearam a entrada do município, na divisa com São Paulo. A manifestação durou cerca de 3 horas.

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose – Sititrel foi representado pelo presidente, Almir Morgão, secretário, Cícero Cavalcante, além dos diretores, Rodinei da Silva e Luís Fernando Treve. “Precisamos conscientizar a população dos malefícios que essa proposta trará aos trabalhadores, se a sociedade não estiver unida, iremos perder muitos direitos adquiridos ao longo da nossa história”, explicou Morgão.

O movimento paralisava por tempo determinado a entrada da cidade para que os integrantes panfletassem sobre o assunto. “O intuito não é apenas parar o trânsito, mas sim, entregar materiais que explicam sobre a Reforma, contribuindo para que o motorista se atente a esse problema que iremos enfrentar”, finalizou o presidente do Sititrel.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

No dia de ontem, 30, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, liderado pela presidente Genir Neves, organizou uma audiência pública sobre a Reforma da Previdência. Na ocasião, demais sindicatos, advogados e trabalhadores participaram. O evento aconteceu no Plenarinho da Câmara Municipal de Três Lagoas.

“Todos os eventos e ações que tiver sobre a Reforma da Previdência o nosso sindicato irá participar, defendendo os interesses dos trabalhadores”, finalizou Almir Morgão.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Confira abaixo alguns tópicos sobre o que acontecerá se a Reforma da Previdência for aprovada:

– Para conseguir uma aposentadoria de 100% do salário de benefício, o trabalhador terá que contribuir com o INSS durante 49 anos e ter idade mínima de 65 anos. A regra vale para homens e mulheres;

– O tempo mínimo de contribuição que garante o direito à aposentadoria passa de 15 para 25 anos, tanto para homens quanto para mulheres;

– No caso de pensão por morte, o cônjuge só receberá 50% do salário de benefícios e menores de 21 anos só receberão 10% cada um. As regras valem para trabalhadores do setor privado e servidores públicos;

– O trabalhador rural perde a garantia de segurado especial (por produção) e pagará uma alíquota estimada em 5%;

– Os trabalhadores submetidos a condições insalubres, assim como os portadores de deficiência, não poderão se aposentar com menos de 55 anos de idade e 25 anos de contribuição.

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