Apesar das especulações, Azambuja mantém direção estratégica

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Crescem e proliferam nos últimos dias rumores sobre mudanças que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) estaria pretendendo fazer no primeiro escalão. Ainda que exista intenção ou necessidade para promover alterações, Azambuja vai conservar a direção estratégica que traçou para administrar o Estado e, com isso, calibrar o ritmo ideal para cuidar de política e de eleições na hora certa, sem prejuízos da governança.

Nos ambientes onde proliferam essas especulações ouve-se de quase tudo, do mais lógico remanejamento ao mais improvável. É o caso da troca a ser feita nos postos ocupados por quem está marcado para alçar novos voos, como no caso do secretário estadual de Fazenda, o deputado federal licenciado Márcio Monteiro (PSDB), que pode ser indicado para vaga futura no Conselho Deliberativo do Tribunal de Contas. Mas por enquanto não se tem um ensaio sequer de aposentadoria para abrir vagas no TCE-MS, embora dois conselheiros (Marisa Serrano e José Ricardo Cabral) estejam cotado para próximas bolas da vez.

A próxima vaga na Corte, ao que consta, estaria assegurada para o deputado estadual Flávio Kayatt (PSDB). No entanto, se fosse Márcio Monteiro o ungido, para seu lugar já foi citado até o nome do ex-prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, que trocou o PT pelo PDT mas não se reelegeu. A “Rádio Corredor” sussurra também que ele estaria com um pé no PMDB, a convite do ex-governador André Puccinelli, para candidatar-se a deputado estadual e fazer frente ao agora seu adversário, o prefeito tucano Ruiter Cunha, que o derrotou em 2016 e deve dar apoio à candidatura do vice-prefeito Marcelo Yunes (PTB).

Nos mesmos corredores circula com insistência o rumor sobre trocas em cargos estratégicos do governo. Algumas são inverossímeis. O diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), Gerson Claro Dino, que se candidatará a deputado pelo PSB, estaria para ser substituído por Sérgio de Paula, que deixaria a Casa Civil. Entre as especulações sobre os prováveis substitutos já foram pinçados nomes como os do ex-deputado estadual Londres Machado e o atual secretário de Obras, Marcelo Miglioli.

A onda de especulações não abala o governador. Ele está ciente que será obrigado a fazer de fato várias mudanças quando o calendário eleitoral estiver mais próximo. De qualquer forma, a base pensante do governo continuará prestigiada e mantida, até porque Azambuja cultua o ensinamento de que em time que está ganhando não se mexe. Os assessores aos quais foram confiados papéis complexos e específicos na montagem e na execução das práticas governamentais e da articulação política produziram significativos resultados,  sendo fundamentais para o êxito da gestão e mesmo no resultado eleitoral que deu ao governador a eleição de mais de 70% de prefeitos da base aliada. E das 79 prefeituras, 37 hoje estão sendo comandadas por executivos eleitos pelo PSDB.

Fonte:msnoticias

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