Em reunião na Bolívia, Governo avança negociações para fornecimento de gás à UFN 3

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Imagem:Divulgação

O Governo do Estado tem acompanhado as negociações de venda da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas, e o fornecimento de gás natural para a indústria que deve ser concluída pelo novo dono. Nesta semana uma reunião na Bolívia deu mais alguns passos no acordo entre os empresários.

No fim de janeiro, bolivianos estiveram em Campo Grande para reunião com o Governo do Estado e empresas interessadas em estreitar os laços comerciais. Na oportunidade o titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck, ressaltou que o Estado tem grande interesse na continuação da importação de gás natural e compra e venda de ureia entre os países.

“Hoje o gás natural é essencial para nós por ser insumo de grandes indústrias e por colaborar com a arrecadação do Estado, além disso a importação de ureia pode trazer novas empresas e contribuir efetivamente para o desenvolvimento econômico”, disse o secretário aos representantes bolivianos.

Dentro disso, o Governo do Estado têm demonstrado preocupação

quanto ao consumo de gás por parte da Petrobras a partir de 2019, quando acaba o atual contrato de importação. Visto que o excedente deve ser utilizado para atender outras empresas, como a UFN 3. Em reunião nesta semana, os bolivianos tranquilizaram o Governo ao dizer que não se opõem ao fornecimento de gás à fabrica de fertilizantes.

Interessados na fábrica da Petrobras estiveram na Bolívia esta semana para negociar diretamente sobre o fornecimento de gás natural. De acordo com o diretor-presidente da MSGÁS (Companhia de Gás de MS), Rudel Trindade, na reunião ficou claro que o mercado brasileiro de fertilizantes demanda mais do que suficiente para absorver a produção da UFN3, da Araucária Nitrogenados S.A (Ansa) e de Bulo Bulo (Bolívia).

Os bolivianos estimam que após 2021 e seguindo um cronograma a ser estabelecido deverão ser abastecidos via Gasbol a Ansa, com 1,7 milhões de m³/dia e a UFN3 com 2,2 milhões m³/dia.

Para o secretário Jaime Verruck,  viabilizar a obra da UFN3 é de suma importância para Mato Grosso do Sul. “No documento de venda a Petrobras deixou claro que a compradora da UFN3 terá que se responsabilizar pelo fornecimento de gás natural. Para nós além de ser de suma importância que a obra seja finalizada, é interessante que o gás continue sendo importado da Bolívia e é por isso estamos intermediando essas conversar”, resumiu.

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