Fibria analisa mercado e localização para sua 3ª fábrica de celulose em MS

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Gerente industrial da Fibria em Três Lagoas, Maurício MirandaGerente industrial da Fibria em Três Lagoas, Maurício Miranda - Reprodução/TVC

Da Redação Ana Cristina Santos/JPnews

A Fibria – maior fabricante de celulose do mundo – está fazendo um estudo de viabilidade para a instalação de mais uma unidade produtora em Mato Grosso do Sul. A empresa avalia o local ideal para sua terceira planta, e admite que o investimento pode ser feito em Três Lagoas. A empresa inaugurou a segunda fábrica e trabalha para a definição da terceira, como anunciou o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, em dezembro do ano passado.

O gerente industrial da Fibria em Três Lagoas, Maurício Miranda, disse à reportagem que a empresa “olha para frente”, para as “janelas de mercado e as oportunidades de crescimento”.  Revelou que o estudo também definirá o possível cronograma da instalação da unidade e seu volume de produção.
“Três Lagoas é um dos locais estudados para a terceira linha”, destacou.

“A gente não pode ser surpreendido. Quando a gente fala para uma ‘janela de produção’ é porque temos de iniciar a produção florestal cinco anos antes da entrada em operação industrial”, declarou.
A disposição de matéria-prima é fundamental para um projeto assim, segundo o gerente. “A gente tem a base florestal bem estruturada. É importante lembrar que temos que ter o plantio, mas temos que olhar também para madeira ‘em pé’”.

A logística, a disponibilidade de madeira e o escoamento da produção, bem como onde os impactos ambientais seriam mais adequados, fazem parte do estudo.

SEM NEGOCIAÇÃO
Ainda de acordo com Miranda, o Conselho de Administração e os acionistas da Fibria desconhecem qualquer possibilidade de venda da fábrica de Três Lagoas ou fusão com a Eldorado Brasil, como anunciado nesta semana pela imprensa nacional. “Não tem nada confirmado sobre isso. Mas como o próprio Castelli fala, a visão de consolidação de grandes empresas é um fato natural. Mas, analisando os dados de hoje, não temos nada de concreto”, acrescentou.

Em teleconferência com analistas do mercado financeiro, nesta semana, Castelli, voltou a negar as informações. Mas, afirmou que a companhia está aberta para estudar oportunidades de consolidação de mercado a fim de gerar valor, mas salientou que a Fibria “não está com pressa” para realizar tal movimentação. “Posicionamos a empresa para estar preparada para uma eventual consolidação e ser um importante jogador. Essa é a mensagem. Não estamos com pressa e estamos negando oficialmente o que as fofocas que surgiram na imprensa”, disse.

QUATRO UNIDADES
Se a terceira linha da Fibria for concretizada, Três Lagoas terá quatro unidades de celulose, contando com a da Eldorado Brasil, que foi comprada em setembro do ano passado pela  Paper Excellence. A empresa holandesa tem até setembro deste ano para concluir o pagamento de R$ 15 bilhões ao Grupo J&F, dono da Eldorado.

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