HRMS 20 anos: quimioterapia atende 30 pacientes por dia e é referência em procedimentos de alto custo

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Da Redação/Diana Gaúna

O setor de quimioterapia do Hospital Rosa Pedrossian, em Campo Grande, popularmente conhecido como Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), oferece o mais completo tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é referência para todo Estado. Toda a quimioterapia de alto custo é suportada pelo serviço financiado pelo Governo de MS, que atende aproximadamente 30 pacientes por dia, tanto da Capital quanto do interior.

De acordo com o coordenador do setor, Adalberto Alencar, alguns medicamentos de última geração podem custar no mercado convencional até R$ 40 mil uma única dose. A quimioterapia é a administração de substâncias químicas para tratamento de enfermidades, especialmente o câncer.

“A quimioterapia de alto custo dos hospitais do interior e até mesmo de Campo Grande, acaba centralizada aqui, ou seja, quando o tratamento é mais caro, os pacientes são enviados para o HRMS. Nosso setor atende todo o contingente de pacientes que precisam desses medicamentos de última geração. Há pessoas que fazem tratamentos caríssimos que custam R$ 20 mil, R$ 40 mil uma única dose e outras que os medicamentos custam R$ 100 a dose e que não deixam de ser caros, haja vista que o tratamento é por vários dias, então acaba se tornando pesado”, explica.

Adalberto acompanha evolução do setor e comemora aumento no número de atendimentos.

Adalberto conta que acompanha a evolução da quimioterapia do HRMS nos últimos sete anos, quando passou a fazer parte do setor. “O crescimento desse setor é magnífico. Nós atendíamos uma média de oito e no máximo 10 pacientes diariamente. Atualmente, esse tratamento foi estendido e estamos atendendo uma média de 30 pacientes por dia. Isso só em procedimentos quimioterápicos, sem contar os outros pacientes que também passaram a ser atendidos pelo nosso setor que são da reumatologia, de lúpus, doença Crohn, entre outras. Então, além de abraçar o nosso setor, estamos dando suporte para mais esses pacientes”, declara.

Além do tratamento médico, o hospital tem parcerias com projetos sociais para levar bem-estar aos pacientes. Entre eles estão o projeto Sangue Bom, que está abrindo um consultório odontológico especifico para pacientes com câncer, ações com cabeleireiro, manicure, entre outras. Também o Corrente do Bem, Almofadas do Coração, todos com a proposta de acolher esses pacientes que estão fragilizados de alguma forma com a doença.

“O apoio dos projetos é muito importante. Muitos pacientes chegam aqui assustados, com medo do tratamento e aqui recebem a acolhida da nossa equipe e parceiros e veem que não é tão assustador. Disponibilizamos alimentação para pacientes e acompanhantes. Só de almoço são mais de 30 refeições todos os dias”, afirmou.

De acordo com Alencar, mais de 30% dos pacientes são do interior do Estado que, infelizmente, não disponibiliza o tratamento. A quimioterapia do HRMS faz parte da linha oncológica que disponibiliza os tratamentos de quimioterapia, oncologia e o Centro de Tratamento de Câncer Infantil (Cetoi).

Tratamento de quimioterapia do hospital regional recebe pacientes dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul.

A aposentada Venância Rios, de 62 anos, conta que chegou impressionada com o diagnóstico de câncer para iniciar os tratamentos. “Eu moro em São Gabriel do Oeste. Quando o médico me falou que eu estava com câncer foi realmente muito assustador. Eu cheguei aqui impressionada e com medo. Mas a colhida do pessoal fez toda a diferença. O atendimento tem sido muito bom, consegui até um lencinho para melhorar minha autoestima. Venho agora a cada 21 dias e estou melhorando consideravelmente”, diz.

Dona Eva Silva, de 51 anos, vem trazer o esposo Edilson para tratamento quimioterápico. O casal mora no município de Batayporã e já está há cinco meses fazendo tratamento no hospital. “Começamos em junho o tratamento do meu marido. Primeiro ele foi consultado em Nova Andradina, onde fez a biópsia e constatou que estava com câncer. De lá fomos para Curitiba e depois é que viemos encaminhados para o Regional. Nunca tinha estado no HRMS, mas estamos sendo muito bem atendidos. Estamos vindo uma vez por semana e a equipe é bastante atenciosa conosco”, afirma.

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