Alta da gasolina e do gás tende a desencadear reajustes em cascata em produtos e serviços

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O mais novo anúncio de reajuste nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, que entra em vigor já neste sábado (9), tende a desencadear um efeito dominó na economia, atingindo preços não só dos derivados do petróleo, mas também de alimentos e serviços, como bares e restaurantes, além de transporte público por aplicativos. Ontem, a Petrobras anunciou um aumento de 7,2% no preço da gasolina e do gás de cozinha. Há 58 dias que os preços da gasolina não sofriam altas. Já em relação ao GLP, os reajustes estavam suspensos há 95 dias. No fim de setembro, a estatal já havia reajustado o preço do diesel em 8,89%, após 85 dias de preços estáveis para o combustível.

Com as alterações, o preço da gasolina passará de R$ 2,78 para R$ 2,98 nas refinarias. Como o combustível vendido nos postos é composto em 27% por etanol, o aumento da parcela da Petrobras no produto vendido ao consumidor final é de R$ 0,15 por litro. No caso do gás de cozinha, o preço médio passará de R$ 3,60 para R$ 3,86 por quilo.
Na justificativa do aumento, a estatal afirma que o reajuste tem o objetivo de evitar o desabastecimento de combustíveis no país. No entanto, entidades ligadas à revenda dos derivados se mostram contrários à medida.

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