Sem reação nos preços, boi gordo é negociado abaixo de R$ 270 em São Paulo

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Confinamento e Boitel VFL BRASIL. Foto: Marcella Pereira Leia mais em: https://www.comprerural.com/cade-o-boi-arroba-a-r-270-fechando-a-semana-confira/

Nesse momento, não há elementos que justifiquem uma retomada do movimento de alta do boi gordo, diz analista da consultoria Safras.

O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos nas principais praças de produção e comercialização do país nesta sexta-feira, 4. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, com os frigoríficos voltaram a exercer pressão sobre os pecuaristas.

Muitos frigoríficos se ausentaram da compra de gado, avaliando as melhores estratégias para aquisição de boiadas no curto prazo. A expectativa é que a retomada das negociações aconteça em patamares ainda mais baixos na próxima semana.

“O fato é que neste momento carecem elementos que justifiquem uma retomada do movimento de alta do boi gordo no mercado físico. Os preços da carne bovina estão atipicamente enfraquecidos para este período do ano, consequência da incapacidade do consumidor médio em seguir absorvendo reajustes de um determinado produto, migrando para proteínas mais acessíveis.

A oferta permanece restrita e é o fator de limitação mais importante neste momento, impedindo uma maior agressividade de queda”, assinala Iglesias.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 269 a arroba, ante R$ 273 a quinta-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 267 arroba, contra R$ 270 – R$ 271 a arroba. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 257 a arroba, ante R$ 259. Em Goiânia, Goiás, o valor indicado foi de R$ 260 a arroba, estável. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 256 a arroba, contra R$ 258.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguiram acomodados. Conforme Iglesias, novos relatos vindos da China geram apreensão no mercado, com autoridades locais indicando para a presença do coronavírus em um lote de carne suína brasileira. “Porém, não foi mencionado em que etapa do trajeto houve contaminação. Além disso, não há comprovação que o coronavírus possa ser transmitido via proteína animal congelada ou mesmo através de embalagens”, disse ele.

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 19,85 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,80 o quilo, estável e a ponta de agulha permaneceu em R$ 15,40 o quilo.

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