Parceria entre Sebrae e Suzano promove desenvolvimento da produção de leite na agricultura familiar

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Divulgação

Tecnologia para pecuária leiteira e de corte beneficia 240 produtores em quatro municípios: Selvíria, Três Lagoas, Brasilândia e Santa Rita do Pardo

Levar informação, tecnologia e capacitação para o desenvolvimento sustentável. É com esse objetivo que o Programa de Desenvolvimento Pecuário atende 240 produtores, distribuídos em quatro municípios do Estado e 15 Associações da Agricultura Familiar. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Sebrae/MS (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul) e a empresa Suzano.

“A parceria da Suzano com o Sebrae teve início em 2014 e os produtores são beneficiados por meio do Programa de Desenvolvimento Rural e Territorial (PDRT), iniciativa da Suzano voltada para a agricultura familiar que busca o fortalecimento das associações comunitárias, priorizando a capacitação técnica na cadeia produtiva com o objetivo de gerar renda e contribuir com a melhoria da qualidade de vida das famílias beneficiadas. Parcerias como esta são fundamentais para que os produtores conquistem bons resultados e as associações sejam sustentáveis em suas atividades”, diz a consultora de Desenvolvimento Social da Suzano em Mato Grosso do Sul, Evânia Lopes.Segundo o coordenador de agronegócio do Sebrae/MS, Marcus Rodrigo de Faria, o Programa de Desenvolvimento Pecuário busca promover o fortalecimento da produção de leite e carne com ajuste da qualidade do produto, adequação do processo produtivo e do planejamento e distribuição sincronizada da produção ao longo do período.

Ademir Bispo dos Santos mora no Assentamento São Thomé, no município de Santa Rita do Pardo, há 20 anos. Como muitos dos produtores da região, ele afirma que “para melhorar a vida de todos aqui é preciso de parcerias como esta, que tem feito a diferença para o homem do campo”.

Ele, que é o presidente da Associação de Pequenos Produtores do Assentamento São Thomé, ressalta que no atendimento veterinário, os criadores já realizam o diagnóstico das vacas e o problema pelas quais que não emprenhavam foi solucionado com o manejo recomendado. “Sítio pequeno, sem leite, não tem futuro. Por isso, a importância de receber esses atendimentos para continuar evoluindo. Tivemos uma melhoria na qualidade do leite com as análises de 95%”, falou Ademir.O pequeno produtor rural familiar do distrito de Arapuá, na região de Três Lagoas, Joel Sebastião da Silva, destaca que a presença de parceiros como a Suzano e o Sebrae tem trazido melhorias significativas. “Tivemos auxílio quanto a deficiência na parição do rebanho, com acompanhamento dos técnicos, identificamos o problema reprodutivo dos animais. Uma das grandes melhorias foi programar a parição das matrizes e, assim, manter a produção do leite tanto no período das águas quanto nas secas”, avaliou.

O Programa

O Programa de Desenvolvimento Pecuário propõe três frentes de atuação e implementação tecnológica que passam pelos aspectos da sanidade animal, incluindo a profilaxia, prevenção e qualidade do leite; aspectos da reprodução, como no monitoramento e saúde reprodutiva do rebanho; além da inseminação artificial por tempo fixo, que promove acasalamentos ajustados com a realidade e com as expectativas de produção das propriedades, além de sincronizar os nascimentos.

No Estado, foram contemplados os municípios de Três Lagoas, atendendo 78 produtores em seis comunidades; enquanto Brasilândia alcançou 57 produtores em cinco comunidades; Selvíria teve 55 produtores atendidos em duas comunidades; e Santa Rita do Pardo teve impacto em 50 produtores em uma comunidade.No primeiro semestre de 2019, foram avaliadas com ultrassom mais de 1.300 vacas, das quais detectadas 591 gestantes, decorrentes de procedimentos reprodutivos provocados no ano anterior. Foram detectadas 781 vacas não gestantes, sendo que dessas 452 foram inseminadas com sêmen de touros provados em centrais de coleta registradas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Desses, 23% com raças de corte e 77% para leite. Como resultado desse processo foram obtidas 213 prenhezes, o que confere um índice de 51% de sucesso com relação aos animais inseminados.

Nos aspectos do manejo sanitário e qualidade do leite todos os produtores são orientados com base em um calendário sanitário de ações preventivas e de protocolos de boas práticas e higiene da ordenha. “Essas ações geram impacto na qualidade final do leite que é monitorada ao longo dos trabalhos com análises realizadas in loco e também em laboratórios creditados e integrantes da rede brasileira de laboratórios de qualidade do leite”, afirmou o coordenador de agronegócio do Sebrae/MS, Marcus Faria.

O rebanho monitorado no projeto é composto por mais de 3.000 vacas, das quais 54% são lactantes. Ao longo desse ano 81 animais nasceram frutos de inseminação artificial proporcionada pelo projeto, sendo essa a principal tecnologia de melhoramento disponível e utilizada por 88% dos produtores. Isso demonstra a relevância e a importância desse programa para esse público.

Enviado por Sebrae/MS Av. Mato Grosso, 1661 – Centro, Campo Grande – MS, 79002-950

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