Atos em diversas cidades de MS e trancamento de rodovias marcam protesto contra reforma da Previdência neste 31 de março

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Atos públicos e trancamento de rodovias acontecem em diversos pontos do estado de Mato Grosso do Sul nesta sexta, 31, contra a reforma da Previdência e retirada de direitos trabalhistas.  O movimento é coordenado pelo Comitê MS Contra a Reforma da Previdência, que agrupa sindicatos, centrais sindicais e movimentos sociais.

Na capital a mobilização teve início às 6 horas em frente a uma obra da construção civil próximo ao Shopping  Campo Grande. De acordo com o presidente do sindicato, José Abelha Neto, os trabalhadores da construção civil já vivem a tempos a realidade da terceirização e ressalta os problemas que acontecem, como o atraso ou não pagamento de salários e de direitos trabalhistas.

A partir das 9 horas os manifestantes se concentraram em frete à agência do Bradesco que fica na esquina das ruas Cândido Mariano e 13 de maio, no centro, onde realizaram panfletagem e denúncia dos deputados e senadores que “votam contra os trabalhadores” ou ainda não se decidiram, como os deputados federais Carlos Marun e Elizeu Dionízio. A senadora Simone Tebet e o senador Moka também foram cobrados quanto às suas posições frente às reformas da Previdência e Trabalhista. Os ativistas prometem fazer “uma grande campanha” contra esses parlamentares no ano que vem visando a não reeleição dos mesmos caso votem a favor das reformas propostas pelo governo Temer.

A dívida dos bancos, como Bradesco e Santander, para com a Previdência foi lembrada. Segundo o sindicato dos bancários, as dívidas bilionárias que os empresários acumulam ao não pagarem a Previdência seria o suficiente para cobrir o rombo anunciado pelo governo. Rombo esse, aliás, bastante contestado pelos sindicatos, pois seria fruto de desvios de recursos da seguridade social para outros fins e da sonegação.

Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de MS, Elaine Regina Oliveira, uma das entidades que participam da manifestação, os ataques à aposentadoria e aos direitos trabalhistas, caso se efetivem, serão um desastre para a grande maioria da população da cidade e do campo. “Não podemos aceitar esse retrocesso que vai acabar com direitos conquistados, com a aposentadoria e com os direitos trabalhistas. É uma traição histórica aos trabalhadores do Brasil o que esses parlamentares e o presidente Temer estão fazendo”, afirma.

A sindicalista destaca também a situação dos Correios sob o governo Temer. “Infelizmente vemos hoje o desmonte da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Temos demissão de funcionários e fechamento de agências, que prejudicam o atendimento ao usuário e comprometem os prazos de entrega. Vemos um processo de desmonte dos Correios para justificar perante a opinião pública a sua privatização. Estamos aqui para lutar contra isso também”.

Segundo Elaine, as manifestações serão intensificadas no mês de abril e vão culminar numa greve geral no dia 28, contra a reforma da previdência e retirada dos direitos trabalhistas.

Assessoria de Comunicação

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